Na última quinta-feira (8), a direção do PT, representada por seu presidente Ricardo Berzoini e pelo secretário nacional de Cultura, Glauber Piva, esteve em audiência com o ministro da Cultura Gilberto Gil e seu secretário-executivo Juca Ferreira. Os petistas apresentaram as prioridades do partido para a área da cultura, tais como a instalação do Conselho Nacional de Políticas Culturais e realização da 2ª. Conferência Nacional de Cultura.
Segundo Glauber, foi uma reunião em que os objetivos traçados pelo PT foram plenamente alcançados, com a retomada do diálogo institucional e a definição de um calendário de encontros para debates sobre projetos e programas para a cultura no Brasil.
Na reunião, ficou clara a disposição do Ministério de receber as contribuições partidárias e a compreensão de que o partido não pode se confundir com o governo, mesmo sendo o PT parte importante dele. Na fala do ministro Gil, governo e partido caminham por trilhos diferentes, porém “paralelos e presos à mesma bitola”.
Na reunião, o dirigentes petistas apresentaram alguns pontos que consideraram importantes de serem observados pelo Ministério da Cultura “o mais rapidamente possível”:
· Instalação do Conselho Nacional de Políticas Culturais;
· Realização da 2ª Conferência Nacional de Cultura;
· Continuidade acelerada da criação do Sistema Nacional de Cultura;
· Fortalecimento do Fundo Nacional de Cultura e ampliação do orçamento do Ministério;
· Definição de um Plano de Cargos e Salários para os servidores.
A direção do partido disponibilizou-se para articular as bancadas petistas no parlamento federal para apoiar os projetos do ministério que dependem de tramitação legislativa.
Diante disso, e com o reconhecimento de que é preciso preservar a autonomia do partido frente ao governo, e vice-versa, Juca Ferreira e Glauber ficaram de elaborar pauta e calendário de reuniões para que o debate seja qualificado e produtivo.
“Esperamos que a retomada do diálogo institucional permita que as relações entre o PT e o Ministério da Cultura, no segundo mandato, sejam marcadas pelo respeito entre as partes. É preciso considerar que os pontos de vista do PT e do MinC não são necessariamente coincidentes e as dinâmicas são claramente diferentes, já que o governo tem uma tarefa executiva e o partido uma tarefa mais analítico-propositiva, devendo manter o contato freqüente com os movimentos culturais e com a base partidária, expressando suas opiniões a partir daí e do programa do partido”, explicou Glauber.
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