E nenhuma obra foi inaugurada...
Portal Estadão
05 de junho de 2007 - 09:00
Salvo algum imprevisto, o Rio dá sinais de que conseguirá terminar a tempo as construções dos Jogos Pan-Americanos, com o início do trabalho de acabamento em várias instalações esportivas. A 38 dias para a abertura oficial da disputa, as obras seguem em ritmo acelerado e, aos poucos, o nível de excelência olímpica dos aparelhos começam a ser atingidos.
A Cidade dos Esportes, erguida dentro do Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, onde foram construídas a Arena Multiuso, para o basquete e ginástica artística, o Parque Aquático Maria Lenk, natação a saltos ornamentais, além do Velódromo, ciclismo de pista e patinação, está prestes a ser concluída. O trabalho de acabamento, limpeza e urbanização iniciou em todas as instalações e a fase considerada crítica foi superada.
A exceção é o velódromo, que está com 70% de suas obras realizadas e em seu estágio mais delicado, a montagem da pista. A previsão é a de que todos os aparelhos em Jacarepaguá sejam inaugurados no início de julho. O problema é que em abril, o prefeito carioca Cesar Maia divulgou as “prováveis” datas de abertura dos aparelhos e todas não serão cumpridas: arena, em 23 de maio, o parque aquático, hoje, e o velódromo, no dia 18.
Talvez, a única data que o prefeito consiga cumprir em sua agenda é a de inauguração do Estádio João Havelange, no Engenho de Dentro, zona norte. Após consumir cerca de R$ 400 milhões dos cofres públicos, a obra mais cara do Pan, e custar a vida de um operário, a previsão é a de que seja entregue no dia 24.
Nas instalações sob a competência do governo estadual, a reforma do ginásio do Maracanãzinho deixou de ser um problema e sua reinauguração ocorrerá no dia 30 de junho com um amistoso entre a seleção brasileira feminina de vôlei e a Sérvia.
“Faltam só 10% para terminarmos. Montamos o piso e iniciaremos a aplicação de verniz. Começamos a testar os aparelhos de ar-condicionado e dos 52 projetores de luz instalamos cerca de 40”, afirmou o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno Júnior. “No estádio do Maracanã falta colocarmos os dois telões e os três novos placares não são motivos de preocupação. No parque aquático não há nada por fazer, a não ser a pintura.”
No Complexo Esportivo Deodoro, outra obra polêmica dos Jogos, o governo federal investiu um total de R$ 119,8 milhões e 94% do total das obras estão finalizadas. O Centro de Tiro com Arco e a piscina do Pentatlo Moderno já foram concluídas. Já os Centros de Hipismo , Hóquei sobre Grama e Tiro Esportivo, em fase menos avançada, não preocupam.
Das instalações temporárias, as únicas que ainda não saíram do papel são a Marina da Glória para as competições de vela e o Morro do Outeiro, local do ciclismo de mountain bike e BMX. As demais, como o Complexo Cidade do Rock (para beisebol e softbol), Marapendi (tênis) e a arena do vôlei de praia, em Copacabana, além do Riocentro, que vai abrigar 12 modalidades, iniciaram suas montagens em maio e a previsão é a de que fiquem prontas às vésperas do início oficial do Pan, em 13 de julho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário